Raízen (RAIZ4) colhe prejuízo de R$ 2,57 bilhões no fim de 2024
Produtora de açúcar e etanol soma dívida líquida de R$ 38,59 bilhões na safra 2024/2025

🚜 Abrindo a porteira ao calendário do campo, a Raízen (RAIZ4) contabiliza um prejuízo líquido de R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre da atual safra 2024/2025, período equivalente ao último trimestre do ano passado, conforme relatório de resultados divulgado nesta sexta-feira (14).
Foi um tombo muito considerável na lucratividade da produtora de açúcar e etanol de um ano para o outro, já que no mesmo momento da safra no ciclo anterior a companhia havia lucrado R$ 793 milhões.
No caso, os administradores da Raízen justificam no documento apresentado ao mercado que a menor contribuição dos resultados operacionais e aumento das despesas financeiras, incluindo efeitos não recorrentes, explicam o tamanho prejuízo.
Já considerando todos os noves meses da atual safra, entre abril e dezembro do ano passado, a empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 1,66 bilhão, revertendo também o lucro de R$ 1,49 bilhão obtido um ao antes.
Mas, um dos pontos que mais desperta preocupação no balanço financeira da empresa ligada ao agronegócio e ao mercado de distribuição de combustíveis é a sua dívida líquida de R$ 38,59 bilhões ao final de 2024, que representa uma alavancagem de 3 vezes de sua dívida líquida sobre o ebitda ajustado.
"O aumento no saldo da dívida líquida está alinhado com a sazonalidade neste período da safra, com maior consumo de capital de giro, menor geração de caixa operacional e investimentos. Já o alongamento do prazo médio do endividamento reflete os esforços para manter um perfil mais equilibrado de amortização e executado para buscar a otimização de custos", destacam os administradores da RAIZ4, no relatório de resultados.
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Queimadas nos canaviais mexem nos resultados da RAIZ4
Por sua vez, o ebitda ajustado (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de R$ 3,12 bilhões no trimestre passado, recuo de 20,5% na comparação anual. Mais de 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar própria e de fornecedores da Raízen foram afetadas pela ocorrência de queimadas no ano passado.
O indicador ajustado da Raízen não leva em conta a perda de moagem em decorrência do clima e das queimadas ocorridas nos canaviais da empresa em agosto do ano passado, afetando a qualidade da cana-de-açúcar e o mix de produção entre açúcar e etanol.
⛽ A piora da qualidade da commodity agrícola também gerou desafios para cristalização e produção de açúcar, compensada por um aumento proporcional na produção de etanol.
No trimestre passado, a companhia avançou na venda de direitos de exploração de 900 mil toneladas de cana-de açúcar pelo montante de R$ 384 milhões; além da alienação de projetos de usinas de GD solar no montante bruto de caixa de 475 milhões.
A Raízen também precisou mexer em seus negócios no exterior no fim de 2024, ao diluir sua participação na operação de Mobilidade no Paraguai de 50,0% para até 27,4%, deixando de desembolsar o equivalente a até US$ 54 milhões até novembro de 2026.

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