Governo Lula atribui queda do lucro do BB (BBAS3) ao Congresso, diz jornal
Aliados afirmam que a presidente do banco, Tarciana Medeiros, segue bem avaliada no Palácio do Planalto.

O governo Lula responsabilizou o Congresso pela forte queda de 60% no lucro líquido do Banco do Brasil (BBAS3) no segundo trimestre de 2025, que fechou em R$ 3,8 bilhões. Apesar do resultado abaixo do esperado, aliados afirmam que a presidente do banco, Tarciana Medeiros, segue bem avaliada no Palácio do Planalto, diz o jornal "Folha de S.Paulo"
Após as sucessivas quedas das últimas semanas, mesmo com o papel registrando alta na maior parte dessa sexta-feira (15), a presidente declarou: “Quem tem, mantenha; quem não tem, compre”. Ela disse ainda que o “componente político” presente no banco e na carteira de agro é o “componente país”.
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🗣️ A alta da inadimplência, apontada como fator central da queda do BB, estaria ligada à aprovação, pela Câmara dos Deputados, de uma medida que autoriza o uso de até R$ 30 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal para refinanciar dívidas do agronegócio. Segundo auxiliares do presidente, a expectativa de renegociação em condições mais favoráveis levou produtores a postergar o pagamento de débitos.
A proposta foi aprovada em julho, em movimento liderado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), como resposta ao veto presidencial sobre a ampliação do número de deputados e à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que manteve o aumento do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras).
Originalmente, o projeto contemplava apenas pequenos produtores, mas, com apoio do centrão, foi alterado para abranger o agronegócio em geral, com acesso a juros subsidiados. O texto está em análise no Senado, com pedido de urgência pronto para votação em plenário.
Veja também os números do BBAS3 no 2T25
O Banco do Brasil reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no 2T25 (segundo trimestre de 2025), resultado 60% inferior ao do mesmo período de 2024.
O desempenho negativo refletiu o aumento de 89,3% nas perdas esperadas por empréstimos no primeiro semestre, que alcançaram R$ 31,6 bilhões, além do crescimento de 4,7% nas despesas administrativas.
👀 A inadimplência mais elevada no agronegócio e nas carteiras de micro, pequenas e médias empresas também contribuiu para a queda. A carteira de pessoa física apresentou expansão de 8% em 12 meses e 2% no trimestre, totalizando R$ 342,6 bilhões. O consignado cresceu 8,6% no ano e 2,5% no trimestre, somando R$ 145,2 bilhões.
O crédito não consignado chegou a R$ 47,3 bilhões (+11,2% em 12 meses e +3,8% no trimestre), enquanto os cartões de crédito atingiram R$ 60,76 bilhões (+13% e +2,9%). Já o financiamento imobiliário registrou retração de 0,2% em 12 meses, ficando em R$ 47,7 bilhões.

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